por LER-QI RJ
Hoje, dia 22/01 foi realizado um ato na Cinelândia em solidariedade ao povo haitiano e pela retirada das tropas da ONU e dos Estados Unidos. Esta importante iniciativa que marca o lançamento do “Comitê de solidariedade ao povo do Haiti do Rio de Janeiro” precisa ser acompanhada por ações em todas capitais e grandes concentrações urbanas do país.
Esta iniciativa, no entanto, reuniu poucos dirigentes sindicais e lideranças de movimentos populares, ainda estando aquém do enorme potencial de solidariedade mostrado pelo povo brasileiro e pela significativa base que possuem as organizações e partidos políticos, sindicatos, centros acadêmicos e movimentos sociais que compõem o comitê.
Atuamos neste comitê buscando que seja possível desenvolver uma solidariedade ativa que se coloque nas ruas em denúncia das tropas americanas e da ONU, sob a infeliz liderança brasileira com o governo Lula, e pela independência política da classe trabalhadora haitiana, como o único sujeito social que pode garantir que os recursos e a ajuda humanitária de fato sirvam aos milhares de necessitados e famintos do país e que não sejam desviados para atender somente os bairros ricos e os próprios funcionários e militares da ONU. Neste sentido achamos que o comitê constituído no Rio de Janeiro precisa avançar para realizar a denúncia da militarização que ocorre no Haiti mostrando o papel do governo Lula em garantir uma segurança no país caribenho que é a segurança da propriedade privada e de impedir que os famintos saqueiem mercados para sua sobrevivência. O panfleto do comitê distribuído à população no dia 22/01 apesar de ter como consignas “solidariedade, sim! Ocupação militar, não”, não menciona o envolvimento de nosso país nesta militarização e o recente projeto do governo Lula em praticamente duplicar as forças brasileiras no país.
As ações já propostas no comitê como a realização de um ato em quinze dias, proposta feita por dirigentes do MST, precisa ser acompanhada de efetivas ações das organizações sociais, sindicais e políticas que compõem o comitê e serem levadas a todos comitês que se constituam no país, rompendo a inércia de realizar atos somente em março e assim colocar urgentemente de pé uma grande campanha pela retirada das tropas brasileiras, da Minustah e das tropas ianques, para que as organizações operárias e populares do Haiti controlem os recursos recebidos!
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